sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Um Cientista Genial

Cientista brilhante, mas temperamental e bastante misantropo resolve crimes, tem a ajuda de alguém bastante emocional e que confia mais em seus instintos e intuições, claro que existe uma tensão  sexual entre eles, mas fica bastante velado. Pensou em Bones? Não, bem antes disso existia Probe.

Claro que Bones não é uma cópia de Probe (Um Cientista Genial), mas a dupla razão e emoção são uma das coisas mais antigas da ficção. Lembrou de Arquivo X, Monk e Shorlock Holmes?

Um Cientista Genial (Probe) é uma série da ABC que estreou em 1988 e teve uma vida curtíssima, apenas 7 episódios.  No Brasil foi exibida pelo SBT, entre o final dos anos 80 e começo dos 90, sem muita certeza, só lembro que eu assistia à noite (e que era uma daquelas que eu e meu irmão concordávamos que era ótima).

Austin James é um cientista, inventor e investigador, ele é brilhante, genial, como diz o título em português. Austin não é muito dado ao contato humano, sua vida toda ele foi mais inteligente que todo mundo, em um episódio ele diz para Michelle Castle, sua nova secretária, que aos 5 anos ele descobriu que Papai Noel não existia, ele montou uma armadilha com uma câmera e flagrou seu pai colocando presentes debaixo da árvore, desde então seu Papai Noel era o carteiro, que trazia as publicações científicas. Michelle é seu oposto e serve de guia para o espectador, ela é divertida sociável e acredita em coisas sobrenaturais. Os diálogos entre os dois são bem engraçados. existe uma boa dinâmica de Michelle tentando organizar as excentricidades de Austin. Um diálogo em um episódio ilustra bem essa dinâmica. Michelle diz que na infância escutava vozes, Austin pede para ela abrir a boca e olha seus dentes com uma lanterna, depois pergunta: Você morava perto de um aeroporto? Ela, assustada, responde que sim. O veredito de Austin: Michelle usava aparelho e este captava as ondas de rádio do aeroporto. Problema resolvido.

Austin James era interpretado por Parker Stevenson, que foi para SOS Malibu após o cancelamento de Probe, Michelle Clastle era interpretada por Ashley Crow, que interpretou vários pequenos papeis no cinema e na TV, seu papel de maior destaque foi de Sandra Bennet (esposa do vilão, depois herói, Noah Bennet) em Heroes.

Probe era inteligente para época, claro, cheia de pseudo ciência de TV e simplificações, algo tentando ganhar algum espaço na TV na onde de The Wizard e MacGyver, mesmo assim merecia ter uma vida mais longa. A série teve como seus criadores Michael Wagner, um roteirista de ficção científica que teve faleceu  aos 44 anos em 1992, entre seus roteiros estão episódios de Jornadas na Estrelas: A Nova Geração e Isaac Asimov, sim, aquele Asimov, o próprio, um dos maiores escritores de ficção científica do mundo, que faleceu aos 72 anos em 1992.

Revi para este post: A série é boa, não só em minhas memórias, é claro que o orçamento deixa um pouco a desejar e tem aquele jeitão das séries de ação dos anos 80. As interpretações são razoáveis, a ação é boa, nada de tiroteios ou explosões, mais do tipo perseguições e sacadas. Austin James e Michelle Castle funcionam bem, tem uma boa química e são personagens bastante interessantes. Para rever existe esse link aqui: http://www.dailymotion.com/video/x1ll173_probe-1988-untouched-by-human-hands_shortfilms ou via torrente, mas é só em inglês, conseguir dublagem ou legenda para esta série é praticamente impossível.

Abertura:


Links:
http://www.imdb.com/title/tt0094529/
http://en.wikipedia.org/wiki/Probe_(1988_TV_series)
http://voyagersguidebook.blogspot.com.br/2011/06/best-short-lived-series-ive-ever-seen.html
http://naveeunaosei.tumblr.com/page/2

2 comentários:

  1. Gostava muito dessa série. Pena que realmente a vida foi curta.

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